segunda-feira, 23 de abril de 2012

A barbaridade do plágio, na perspectiva de Bilac


A Folha de S. Paulo, no Caderno Ilustríssima (4.abril.2012) publicou texto que Olavo Bilac escreveu para o jornal “A Notícia” em 24 de agosto de 1900.  O artigo, que faz parte do livro “Registro-Crônicas de Époque Carioca”, lançado pela Editora Unicamp, mostra a preocupação de Olavo Bilac com os direitos autorais.
Em um de seus trechos, o autor registra: “A pirataria é invencível, o melhor é deixar o mar livre aos piratas.”
Nas reflexões seguintes, o poeta destaca: “Apoderam-se do que é nosso, quebram-nos os versos, escorcham-nos a prosa, arrastam-nos a gramática por todas as ruas da Amargura, --e nem ao menos nos dizem: "Desculpe-me, senhor poeta! Desculpe-me senhor prosador! Não foi por querer...".
Valha-nos Deus! Pois nem ao menos a sintaxe nos hão de deixar, esses bárbaros?!”

Para conferir o texto na íntegra basta entra no link AQUI.  



Elaine Caldas, bolsista CNPq (orientação: profª. Drª. Rossana Gaia)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Afinal, por que plágio é crime ?


Muito se fala em plágio na última década, o assunto preocupa todos que compartilham suas produções, principalmente na internet.  A grande preocupação é tentar conscientizar às pessoas da ilicitude deste ato que está previsto na lei nº 9610/98, sobre os direitos autorais.
Cada país tem sua legislação específica. No Brasil, além desta lei, há o Código Penal Brasileiro, que prevê no título dos “Crimes contra a propriedade intelectual”, a pena de detenção de três meses a um ano, ou multa para quem violar o direito autoral. Seus parágrafos indicam:
“§1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, com intuito de lucro, de obra intelectual, no todo ou em parte, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, (...): Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, (...).
§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito, com intuito de lucro, original ou cópia de obra intelectual, (...), produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral.”
Segundo Júlio Mirabete, em Manual de Direito Penal: “A conduta típica do crime de violação de direito autoral é ofender, infringir, transgredir o direito do autor. O artigo 184 é norma penal em branco, devendo verificar-se em que se constituem os direitos autorais que, para a lei, são bens móveis (art. 3º da Lei nº. 9.610/98).”
É necessário ter muito cuidado com qualquer conteúdo inédito que será postado na internet, pois apesar de ser um excelente meio de comunicação e difusão de informação, ela é o caminho mais curto para a prática do plágio. Porém, logo que toda e qualquer publicação inédita é “jogada” na rede, o autor do site, ou blog, é o autor intelectual perante a lei.
Caso você elabore alguma obra literária faça o registro da mesma na BibliotecaPública Nacional para ser reconhecido como autor e ter a detenção de seus direitos. Em caso de qualquer mídia vinculada ao Google, a empresa dispõe de um formulário AQUI para denúncia de violação autoral. Para alunos que elaboram Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) é importante que solicitem de um profissional da Biblioteconomia a ficha catalográfica da pesquisa.

5ª Conferência Internacional de Plágio


Nos dias 16, 17 e 18 de julho deste ano, acontecerá na cidade de Sage Gateshead , no Reino Unido a 5ª Conferência Internacional de Plágio. Em 2012 a conferência completará 10 anos de pesquisas na área. A conferência promove abordagens para avaliação autêntica e coloca o aluno no cerne do processo de aprendizagem.
Segundo o site oficial: “A conferência oferece uma oportunidade única para se conectar com os principais pensadores no campo e para descobrir as melhores práticas e novas abordagens.” As inscrições estão abertas para a submissão de artigos, vídeos e cartazes de oficinas. Os temas são os seguintes:
-Estratégias para envolver os alunos nas discussões sobre plágio e autenticidade.
-Melhorar a experiência do aluno, através de e-submissão e e-marcação.
-Perspectivas culturais sobre a reutilização de plágio, e originalidade.
-Dirigindo-se a fabricação, falsificação e plágio em trabalhos acadêmicos publicados.
-Lidar com autenticidade em disciplinas texto base não e multimídia
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Para mais informações, acesse o site oficial do evento: http://plagiarismadvice.org/

Por:  Elaine Caldas
 Orientação: Rossana Gaia

domingo, 1 de abril de 2012

Livro referência



          O Livro "Fundamentos da Metodologia Científica", de autoria das professoras Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi,  é uma referência desde 1985, quando foi lançada a 1ª edição. Atualmente em 7ª edição, a obra se destaca pela linguagem simples e objetiva, além de indicações relevantes das etapas e procedimentos necessários aos estudantes e professores que desenvolvem pesquisas teóricas e/ou empíricas. As autoras destacam a importãncia da leitura no processo da pesquisa, bem como estratégias adequadas de marcação e resumo do texto, o que resulta em esquemas e resumos adequados. Nas pequisas teóricas, as autoras indicam todos os procedimentos vitais tais como a elaboração de um plano de trabalho e a importância de reflexão sobre os textos lidos.

          Ao desenvolverem explicações sobre as diferenças entre a ciência em si e o conhecimento científico, além de detalhar os métodos científicos, o conceito de pesquisa e a importância do planejamento da mesma, técnicas de pesquisa, projeto e relatório,além dos demais gêneros científicos como monografia, artigos e resenhas, Lakatos e Marconi ofertam um conjunto de conhecimentos essenciais aos que necessitam se aventurar no campo. É uma leitura interessante aos que iniciam o projeto do Trabalho de Conclusão do curso (TCC).

Elaine Caldas Ribeiro e Rossana Gaia