sábado, 30 de maio de 2015

Hipertexto 2015 divulga oficinas


A organização do 6º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e do 2º colóquio Internacional de educação com Tecnologias divulga a lista de oficinas do evento. "Ao todo serão oferecidas cinco oficinas cuja participação é exclusiva para os congressistas que realizam inscrição no evento. Tanto os congressistas apresentadores de trabalho como os congressistas ouvintes podem participar de uma das opções que acontecem de forma simultânea em horário específico da grade de atividades do evento". A chamada de trabalhos já está aberta e o professor Prof. Nelson Pretto (UFBA), um dos pioneiros no campo da educomunicação, já confirmou presença. O evento está consolidado e integra a agenda nacional dos pesquisadores e professores que atuam na área e contou na versão de 2014 com as importantes reflexões do prof. Manoel Moran (foto), também pioneiro no campo educomunicativo. Mais informações sobre o prof. Nelson Pretto? Visite o blog.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

A Editora Blücher edita livros que podem ser comprados no formato físico, mas também lidos integralmente no formato aberto, com livre acesso aos internautas. A estratégia possibilita a difusão de informações através da internet. Há títulos diversos que discutem temas como a importância do planejamento dos estudos na EAD, todos liberados integralmente.
Os trabalhos científicos são publicados digitalmente em acesso aberto, ou seja, completamente gratuitos para o leitor; enquanto a versão impressa pode ser comprada no site.
Mais do que somente publicar o trabalho, o pesquisador tem a garantia da confiabilidade da Editora Blucher (todos os trabalhos são avaliados) e a divulgação. Além do ISBN (digital e impresso) a obra também recebe um DOI por capítulo, podendo ser indexada no CV Lattes, tornando o acesso daqueles que procuram seus trabalhos, assim, ainda mais rápido.
Maiores informações sobre as publicações pelo e-mail: jonatas@blucher.com.br

Artigo científico: como fazer?


Elaborar um artigo científico requer atenção a diversos aspectos do processo de produção deste gênero. O portal da USP ensina, em oito vídeoaulas as etapas essenciais. O prof. Valtencir Zucolotto orienta sobre os aspectos da narrativa; a necessidade de atenção quanto a título, autores, abstract, resultados, discussões e conclusões; a escrita precisa, os tipos de verbo, etc. Recomenda-se também para quem planeja ampliar a carreira acadêmica e escrever artigos em língua inglesa.

domingo, 24 de maio de 2015

ABNT: sites com informações

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem por meta sistematizar e normatizar as informações científicas. Qualquer dúvida sobre o assunto pode ser verificada no site oficial  ou através do e-mail cit@abnt.org.br.
As normas da ABNT também podem ser verificadas no Catálogo da ABNT.
Algumas instituições também sistematizam os dados e liberam os dados a pesquisadores para livre download. Neste Manual de Trabalhos Acadêmicos da Universidade de Viçosa é possível ter acesso aos dados sobre sistematização das pesquisas e formatos de citação das fontes utilizadas.

Revistas científicas: a leitura como exercício para pesquisa

As revistas científicas são úteis para disseminação do conhecimento. Neste link é possível identificar revistas nas seguintes áreas: educação, ensino, formação de professores, relações internacionais, saúde, empresas e comunicação. O exercício da leitura de artigos é parte do processo de formação dos pesquisadores. Boa leitura para todos!

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Blog Anti-Plágio na mídia



Programa Bom Dia alagoas da TV Gazeta divulga o Blog Anti-Plágio. Assista na íntegra toda a matéria.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Duas décadas de Comunicação & Educação

A Revista comunicação & Educação chega aos 20 anos com o mesmo vigor inicial. A novidade é que seus conteúdos são agora democraticamente compartilhados.
Aos que se interessam pelo assunto, abaixo estão listados os artigos deste número histórico. Clique aqui no link e acesse integralmente.

Saiba mais nos links a seguir.

v. 20, n. 1 (2015)

Comunicação & Educação: Aprendizagens na era digital

Sumário

Apresentação

Roseli Fígaro
7-15

Artigos Nacionais

Anna Maria Balogh
17-27
Jiani Adriana Bonin, Franciele Zarpelon Corrêa
29-37
Livia Sousa da Silva, Kátia Marly Leite Mendonça
39-49
Graça Penha Nascimento Rossetto, Rodrigo Carreiro, Maria Paula Almada e Silva
51-61

Artigos Internacionais

María Teresa Quiroz Velasco
63-70
Javier González García
71-81

Gestão da Comunicação

Michele Marques Pereira
83-90

Entrevista

Richard Romancini
91-103

Crítica

Felipe Corrêa de Mello, Maria Aparecida Baccega
105-116

Depoimento

Jussara Mangini
117-126

Experiência

André Lemos, Lara Perl
127-139

Poesia

Adilson Odair Citelli
141-145

Resenha

Katya Zuquim Braghini
147-153
Ligia Maria Prezia Lemos
155-159
Maria Ignes Carlos Magno
161-167

Atividades em sala de aula

Atividades em Comunicação & Educação – Ano XX – n. 1
Ruth Ribas Itacarambi
169-175


ISSN: 2316-9125

De leitor oblíquo a pintor oblíquo?

A febre acerca dos (e o marketing sobre)  livros de pintura para adultos tem possibilitado uma reflexão pertinente. O leitor oblíquo, já saturado de informações passará a ser um pintor oblíquo, ansioso pela vida sem estresse? A provocação é boa e merece nossa atenção, se quisermos comparar hábitos de leitura (em quantidade de horas) e de que forma os ambientes educativos podem contribuir para ampliar números nem sempre animadores, é necessário ler um pouco mais sobre o assunto. Recomendo maior reflexão.

Matéria sobre leitura na contemporaneidade com índices acerca da leitura em livros físicos e virtuais. Números sobre best-sellers e sobre livros de pintar para adultos.

Vídeo sobre leitura produzido por alunos do 2º Ciclo

domingo, 17 de maio de 2015

Santaella destaca a importância da leitura


A professora Lúcia Santaella (PUC-SP) proferiu em Maceió, no 6º Seminário Nacional da EDAPICI, no último dia 13 de maio de 2015, a conferência "Educação digital na contemporaneidade", com mediação da professora e jornalista Rossana Gaia (IFAL). No evento, a pesquisadora destacou a importância da leitura e salientou que o leitor contemplativo continua sendo essencial para avançarmos. "Estamos na quinta fase do mundo digital e o virtual hoje é inseparável do nosso corpo, por conta das tecnologias de toque", destacou.
Para Santaella os afetos continuam sendo parte essencial das práticas cognitivas e a educação é "a única saída para a barbárie", considerando os dados atuais com os quais tem trabalhado, pois indicam o número de 46% dos estudantes que saem das universidades brasileiras como analfabetos digitais. Nesse sentido, destacou que os professores são fundamentais para ampliar os repertórios dos estudantes, já que aprendizagem implica memória e sistematização.
Ao retomar a categoria leitor, destacou a importância de ter sido estimulada por um ex-aluno, Cleumar Rocha, no sentido de pensar um novo tipo de leitor além dos leitores: 1.contemplativo (consegue ler além de duas páginas e de forma concentrada), 2.movente (treinado nas distrações apresenta memória curta, insuficiente no processo educativo) e 3.imersivo (está no mundo digital e tem acesso a todas as informações que necessitar, no entanto carece de repertório). A reflexão sobre o leitor oblíquo, que resultou em livro, indica um perfil de sujeito inserido na cultura e na arte do pós-humano, momento atual em que o professor já não é mais o centro da informação, mas continua sendo de alta relevância por indicar estratégias e pistas essenciais ao aluno. A aprendizagem oblíqua apresenta as seguintes características: ocasional, contingente, dispersiva, curta memorização, fragmentada, não sistematizada.
O grande desafio dos educadores neste momento, segundo a professora é entender que não existem receitas, aceitar o desafio de saber que não há educação sem continuidade e que a nossa época requer trabalhos compartilhados.

Para conhecer um pouco mais as reflexões da autora, o blog sugere as seguintes leituras:

1.Da cultura das mídias à cibercultura (2003)
2. Resenha de Fernando Paes sobre o livro Cultura das Mídias
3.Entrevista sobre mídias
4.Pós-humano por quê? (2007)
5. Cultura em deslocamento (s.d.)

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Revista Carta na Escola

A revista Carta na Escola produziu matéria que propõe debate acerca do plágio na atividade acadêmica. Leia a matéria parcialmente liberada na rede, já disponível nas bancas. O blog Anti-Plágio é citado como referência, ao lado do blog http://evitandoplagio.blogspot.com.br/ do professor Marcelo Krokoscz. A matéria assinada por Thaís Paiva indica ainda a leitura do livro Plágio:Palavras escondidas, liberado parcialmente no Google Books. Saiba mais sobre plágio. Leia na íntegra a entrevista concedida para a repórter, em 27 de março de 2015.

Primeiramente, o que caracteriza o plágio dentro do ambiente escolar, levando em consideração que o aluno precisa recorrer à referências, pesquisas e, muitas vezes, acaba parafraseando os conteúdos que encontra?
 Rossana Gaia: O plágio ocorre sempre que o estudante (em qualquer nível de ensino) copia um trabalho (parcial ou integralmente) e indica como sendo da sua autoria, sem indicação expressa do uso das aspas (no caso da citação literal) ou sem a indicação do autor e do ano de edição usado (quando realiza uma citação indireta). A paráfrase não é proibida, muito pelo contrário: refletir a partir de outros autores é a premissa básica da ciência, pois avançamos a partir dos que já pensaram anteriormente sobre os problemas que estudamos. Para que o estudante realize essa atividade é fundamental que tenha orientação do professor sobre os tipos de citação direta e indireta que pode realizar e de que modo essa escrita é realizada. Defendo que esse conhecimento seja difundido com alunos desde as turmas do ensino fundamental e médio, pois naturalizou-se encontrarmos os alunos no curso superior utilizando a estratégia copiar e colar como sinônimo de pesquisa. Ora, isto é plágio. Pesquisa requer reflexão sobre o que se leu.
 Em seu trabalho, a senhora aponta que a escrita criativa, sem cópia, exige um processo de aprendizagem sobre conceitos de fontes. O que seria isso?
 Rossana Gaia: O aprendizado sobre a escrita científica não é algo automático. O conhecimento da língua portuguesa é algo que colabora nesse processo. O uso de distintos verbos dicendi, por exemplo, torna a escrita científica elegante e ágil, além de convocar a fonte de referência que precisa ser indicada. Ao indicar uma leitura realizada, pode-se informar o leitor de distintas formas: Conforme registra; Segundo indica, etc. Além disso o aluno pode convocar os autores lidos com expressões como: De acordo com o autor, entende-se que... Conforme verifica-se na pesquisa deste autor, pode-se concluir que... etc. Fontes ou referências são todas as informações que coletamos ao longo de uma pesquisa. Podem ser físicas (livros, jornais, revistas, DVD, CD, etc.) ou virtuais. O fundamental é que estejam em sites confiáveis (instituições de ensino são referências importantes, além de bases para pesquisadores como Scielo). Leva-se um tempo para entender como fazer esse registro adequadamente, conforme as normas em vigor. No Brasil usamos as indicações previstas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O papel dos professores é fundamental nesse processo. Pode parecer difícil quando o aluno começa a utilizar, mas depois que se aprende, é para a vida inteira.
 Podemos dizer que a disseminação da internet e dos dispositivos digitais contribuiu, de certa forma, para o aumento de casos de plágio na escola? Em outras palavras, a comunicação digital facilita essa má-conduta dos estudantes?
Rossana Gaia: Não sou contra a Internet, pois a grande maioria dos pesquisadores sérios que conheço a utilizam como ferramenta democrática para difundir informações científicas, resultados de pesquisas, etc. Minha pesquisa de mestrado na UFPB foi sobre práticas educomunicativas, quando a Internet ainda estava na sua fase preliminar no Brasil, mas já indicava um grande potencial para o ensino. Quem não faz a citação da fonte, plagia. Isso ocorre desde a época em que usávamos apenas livros e enciclopédias, portanto não é um fenômeno meramente virtual, mas vincula-se a um modo de perceber e respeitar a escrita do outro que me antecede no campo de pesquisa. A internet apenas facilita quem tem uma má conduta, pois ao invés de precisar escrever, simplesmente usa as teclas ctrl+c e ctrl+v. O uso dessas teclas assume uma ação coerente quando eu ensinei ao aluno que o texto copiado, se for integral, deve estar com aspas e, se tiver uma paráfrase, deve indicar o autor lido. É simples e fácil, mas exige um aprendizado prévio e respeito pelo conhecimento universal.
 Quais são algumas estratégias que os professores podem adotar em sala de aula com a finalidade de diminuir o índice de plágios e, consequentemente, aumentar o engajamento, autoria do aluno em seus trabalhos escolares?
Rossana Gaia: Cada professor deve encontrar os meios possíveis no seu local de trabalho para estimular práticas de reflexão interessantes e que estimulem processos criativos de escrita e de leitura. No meu caso específico, elaborei um projeto de pesquisa científica, contei com apoio do CNPq (de 2011 a 2012) e da instituição na qual atuo para elaborar um blog que denominei Anti-Plágio <http://blogantiplagio.blogspot.com.br/>. O nome da primeira etapa deste projeto, de 2009 a 2010, foi "Predadores da Razão" e nele programei atividades diversas como elaborar palestras, aulas e outras atividades nas quais difundi o assunto com meus alunos e com estudantes de outras instituições para as quais era convidada a debater a questão. O blog atualmente é mantido por mim, sem colaboradores, no meu tempo livre. Suas atualizações em geral ocorrem a partir de demandas dos alunos, dúvidas que possuem e que procuro colaborar. Em geral, indico e comento textos ou filmes disponíveis na Internet. Outra estratégia possível para fomentar a criticidade é a criação de Clube de Leitura, pois estimula a curiosidade dos alunos. Além disso, convidar professores que já escreveram livros e que podem compartilhar com os estudantes as etapas de pesquisa e a forma de escrita, pode ser uma ótima forma de compartilhar a relevância dos trabalhos acadêmicos.  Um dos últimos posts que fiz foi de um vídeo realizado em 2014 por uma turma do Ensino Médio sobre o conceito de plágio e suas implicações. Há professores que são muito criativos e os alunos quando estimulados produzem materiais muito interessantes.
 Qual deve ser a posição/atitude do professor ao verificar um caso de plágio?
Rossana Gaia: Considero o professor um profissional do diálogo. Sempre que for detectado um plágio, se já foi ensinado ao aluno o conceito e a forma correta de indicação da leitura realizada, é fundamental que o professor retome as questões e indique expressamente onde está o problema e ensine, novamente (e quantas vezes for necessário) a forma coerente da escrita científica. O professor deve ser paciente, mas firme. O plágio é uma má conduta, é tipificado como crime, pois lesa a autoria e o aluno deve ser informado sobre isso. 
 Qual sua opinião sobre softwares caça-plágio?
Rossana Gaia: Todas as ferramentas que colaboram para acelerar o tempo dos professores na revisão de trabalhos acadêmicos, são bem-vindas. O próprio Google já funciona como uma ferramenta anti-plágio, pois ao digitar parte do texto de alguém, se não for da sua autoria e estiver citado no espaço virtual, certamente a identificação será imediata. 
 Há algo mais que a senhora gostaria de acrescentar sobre o tema?
Rossana Gaia: Não cometer plágio é sinônimo de conhecimento das normas da escrita científica e de respeito à autoria alheia. Quem faz isso desde o Ensino Médio ou aprende bem na graduação, tende a ter uma potencial carreira como pesquisador mais adiante.  O plágio é um interdito na vida acadêmica e o respeito que obtemos dos nossos pares decorre do nosso esforço em contribuir para difusão do conhecimento acumulado e acrescentar dados que sejam resultados das nossas vivências e práticas. É importante que professores doutores circulem entre alunos mais jovens e compartilhem seus saberes científicos. Esse  intercâmbio, quando não envolve arrogância, contribui bastante para democratizar a ciência e torná-la mais acessível.